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Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
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Grupo de Catira

Grupo de Catira, Anastácio/MT
Catira ou cateretê é uma dança do folclore brasileiro, em que o ritmo musical é marcado pela batida dos pés e mãos dos dançarinos. A coreografia é executada, na maioria das vezes, por homens (boiadeiros e lavradores) e pode ser formada por seis a dez componentes e mais uma dupla de violeiros, que tocam e cantam a moda.
É uma dança típica do interior do Brasil, principalmente na área de influência da cultura caipira (São Paulo, norte do Paraná, Minas Gerais, Goiás e partes do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

Arquivo Histórico

Galeria Chica Xavier

Francisca Xavier Queiroz de Jesus nasceu em 22 de janeiro de 1932 em Salvador, tendo sido servidora do Ministério da Educação e Cultura entre 1953 e 1975, e do Inep até 1977. Além de sua carreira na administração pública, foi atriz de teatro, cinema e televisão. Anos antes de sua morte – em decorrência de câncer de pulmão, em 8 de agosto de 2020, aos 88 anos –, recebeu da Fundação Cultural Palmares o prêmio Alaiandê Xirê, em 2010, por sua contribuição à cultura afro-brasileira e às artes.
Chica Xavier, nome artístico da ex-servidora, era seguidora do candomblé e foi ialorixá fundadora do terreiro Irmandade do Cercado do Boiadeiro, atualmente coordenado por seus três netos, Ernesto, Luana e Oranyan. Casada em 1956 com o ator Clementino Kelé, os filhos do casal foram Clementino Filho, Izabela e Christina. A família viveu no Rio de Janeiro, para onde Chica se mudou em 1953 para estudar teatro.
A atriz foi homenageada recentemente, após sua morte, pela escola de samba Acadêmicos do Cubango, de Niterói, com o enredo “O Amor Preto Cura: Chica Xavier, a Mãe Baiana do Brasil”, e pela Lins Imperial em 1999, ainda em vida, no enredo “Quatro Damas Negras”, tendo desfilado na Sapucaí juntamente às demais homenageadas (Zezé Motta, Léa Garcia e Ruth de Souza) pelo Grupo B do Carnaval Carioca. Nesse mesmo ano, lançou o livro “Chica Xavier canta sua prosa. Cantigas, louvações e rezas para os orixás”, que foi ilustrado por Izabela d’Oxóssi, sua filha, e contou com prefácio de seu amigo Miguel Falabella. O Centro Cultural Chica Xavier surgiu em 2011 no Projeto Social No Palco da Vida, e possui acervo com materiais acerca da trajetória de Chica Xavier no teatro, televisão e cinema.
Algumas das produções televisivas em que Chica trabalhou alcançaram grande sucesso na TV Globo, como as telenovelas Dancin’ Days, Marron Glacé, Sinhá Moça, Renascer, Pátria Minha, Cara e Coroa, O Rei do Gado, Por Amor, Força de um Desejo, A Padroeira, Duas Caras, Cheias de Charme, além das minisséries Tenda dos Milagres (1985), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1998), Aquarela do Brasil (2000), O Quinto dos Infernos (2002) e Carandiru, Outras Histórias (2005). Ela também teve participações no cinema, sendo sua última aparição no filme Nosso Lar (2010). O teatro foi onde iniciou sua carreira como atriz, estreando no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1956, com a peça Orfeu da Conceição, em que interpretou a Dama Negra – papel em que se apresentava como a Morte e declamava versos de Vinícius de Moraes.

Galeria Palmares e Heranças Culturais

Zumbi dos Palmares foi um dos líderes do maior quilombo da história do Brasil, o Quilombo dos Palmares, chegando a abrigar cerca de trinta mil negros que viviam com liberdade para reviver sua cultura ancestral.
Os quilombos, ou mocambos, foram povoações de negros fugidos não só na região de Pernambuco e Alagoas, como também em todo o Brasil. Com localizações no meio da selva e com boas estratégias guerrilheiras, vários quilombos resistiram aos ataques dos senhores de engenho.
A formação cultural brasileira é intermediada pela exportação de elementos culturais exteriores, advindos das populações indígenas, africanas e europeias. O conflito intermediado pelas relações sociais de diferentes grupos proporciona a mescla de variados moldes de cultura, insurgindo sobre elas algo distinto e próprio, a formação de uma identidade heterogênea.
Em relação a cultura africana, pode-se dizer que está enraizada na vida cultural brasileira através de diversos aspectos hoje comuns, tais como: a culinária, a língua, as danças, as músicas e alguma religiões. A capoeira, que surgiu como resposta à violência a qual os escravizados eram submetidos em tempos coloniais e imperiais no Brasil, é um exemplo. Hoje, a capoeira é considerada uma grande manifestação cultural brasileira e é reconhecida mundialmente como prática que une o esporte e a arte.

2. Herança Cultural Afro-Brasileira no Acervo Histórico do INEP

O Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, foi instituído oficialmente pela Lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011. Por essa ocasião, em 2022 a equipe da Coordenação-geral de Disseminação de Informações (CGDI) do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira homenageia Chica Xavier com o lançamento da exposição virtual “Herança Cultural Afro-Brasileira no Acervo Histórico do Inep”.
Para além da grande relevância artística de Chica, a CGDI visa honrar a participação dela na administração pública de órgãos que se dedicam à educação brasileira e trazer à tona o fato pouco conhecido de que a artista foi também servidora.
A mostra reúne diversos documentos institucionais e fotografias da época em que ela trabalhou no MEC e no Inep, além de diversas obras que estão sob a guarda do Instituto e retratam aspectos culturais e religiosos da cultura afro-brasileira.
A data escolhida faz referência à morte de Zumbi, em 20 de novembro de 1695. A figura do então líder do Quilombo dos Palmares, situado em um território que hoje pertence a Alagoas, é considerada como um símbolo da luta e resistência dos negros escravizados no Brasil, também representa uma forma de valorizar a cultura, a história, as lutas por direitos e o papel político dos afro-brasileiros na sociedade e para tomarmos consciência do racismo que nos cerca e nos posicionar por mudanças.

07 - Negras de diferentes nações, J.B. Debret, Viagem Pitoresca ao Brasil - Edição Comemorativa do IV Centenário da Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, 1965, Fac-símile da edição original de Firmin Didot Frères, Paris, 1835.

Abolição do tráfico de escravos.

Os quacres, em 1727, censuraram o tráfico de escravos em Londres, e obtiveram sua abolição na Pensilvânia, em 1774; e, em 1808, o Parlamento da Inglaterra sancionou a abolição total do tráfico de escravos.

Na França, o tráfico de escravos, genuinamente abolido em 1815, havia sido abolido muito antes, durante a Revolução Francesa.

No Brasil, um tratado celebrado com a Inglaterra, e ratificado no Rio de Janeiro, em 23 de novembro de 1826, por Dom Pedro I, imperador constitucional do Brasil, fixa o momento da abolição do tráfico negreiro, neste império, no mês de novembro de 1829. Ele recebeu pontualmente sua execução.

Explicação dos detalhes da imagem 22.

Para completar as lembranças do viajante europeu que visitou a capital do Brasil, reuni aqui uma coleção de negras, cujas raças e condições variam. Mais tarde, reproduzirei os negros em uma folha especialmente reservada para eles.

N° 1. Rebola, empregada, imitando com sua lã de crepe as massas de cabelo do penteado de sua senhora.

Nº 2. Congo, negra libertada e esposa de um negro trabalhador (traje de visita).

Nº 3. Cabra, crioula nascida de um mulato e uma negra, tez mais escura que mulata (traje de visita).

Nº 4. Cabinda, parteira de vestido, para levar uma criança ao batismo.

Nº 5. Crioula, escrava de uma casa rica, a baeta na cabeça (grande xale de lã preta).

Nº 6. Cabinda, empregada de uma jovem rica.

Nº 7. Benguela, empregada da dona de uma casa opulenta.

Nº 8. Callava, jovem escravo vendedor de verduras, tatuado com terra amarela; seu cabelo é usado com uma tira de crina adornada com miçangas, e usa pingentes do mesmo material presos ao cabelo.

Nº. 9. Moçambicana, recém-casada negra livre.

Nº 10. Mina, primeira escrava de um mercador europeu (uma sultana favorita submetida a açoites).

Nº 11. Monjolo, enfermeira idosa e babá, em uma casa rica.

Nº 12. Mulata, nascida de branco e negra, mulher entretida.

Nº 13. Moçambique, escravo de uma casa de fortuna mediana.

Nº 14. Benguela, escrava vendedora de frutas, cabelo feito com tubos de contas.

Nº 15. Cassange, primeira negra de um artesão, homem branco.

Nº 16. Angola, negra livre vendedora de hortaliças (quitandeira).

As negras Monjolos são particularmente mal-humoradas e compartilham a alegria, a coqueteria e, sobretudo, o ardor dos sentidos, que caracterizam os Congos, os Rebolas e os Benguelas.

Arquivo Histórico

08 - Crianças dançando capoeira em uma apresentação escolar no Posto Mobral de Pirapora em Minas Gerais, década de 1980.

A capoeira surgiu como resposta à violência a qual os escravizados eram submetidos em tempos coloniais e imperiais no Brasil. A partir de golpes e movimentos corporais ágeis, a luta permitia que eles se defendessem das brutais perseguições dos capitães do mato, cuja atribuição era capturar quem havia fugido.
Para não levantarem suspeitas, os senhores de engenho proibiam que praticassem qualquer tipo de esporte, os capoeiristas adaptaram os movimentos e adicionaram elementos coreográficos e musicais, camuflando seu verdadeiro significado.
Hoje, a capoeira é considerada umas das maiores manifestações culturais brasileiras e é reconhecida mundialmente como prática que une o esporte e a arte.

Arquivo Histórico

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