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Comemoração dos 9 anos do MOBRAL

Áudio em comemoração aos 9 anos do MOBRAL com sua missão e seus programas.

Transcrição:
"8 de setembro, mais que o dia internacional da alfabetização, é a data em que se comemora 9 anos do MOBRAL.
Criado em 1970 com a missão maior de ensinar a ler e escrever ao homem brasileiro que não conseguira se alfabetizar, o MOBRAL foi muito além de sua meta mais importante. Implantou seu programa nacional de educação permanente para alcançar e ocupar espaços vazios.
Hoje, 9 anos depois, com seus programas de alfabetização funcional, educação integrada, autodidatismo, alfabetização pela TV, orientação profissional, colocação de mão-de-obra, educação comunitária para saúde, programa cultural, ação comunitária, alfabetização pela tv e esporte para todos, o MOBRAL faz muito mais do que ensinar a ler e escrever. O MOBRAL ensina a viver.
O resultado desse trabalho é a soma do seu apoio e da sua participação.
Comemore nessa data os 9 ano do MOBRAL, participe da festa que também é sua!
O MOBRAL é Brasil!
O MOBRAL é você!
O MOBRAL é você!"

Sin título

Cantiga: Havia um Coelhinho

Cantiga infantil.

Transcrição:
Havia um coelhinho
Que queria se gabar
Saiu de sua toca
E aos bichos foi falar

Dó ré mi fá fá fá
Dó ré do ré ré ré
Dó sol fá mi mi mi
Dó ré mi fá fá fá

Ele disse muita coisa
Coisa de arrepiar
Que a nossa comadre onça
É seu cavalo de montar

Dó ré mi fá fá fá
Dó ré do ré ré ré
Dó sol fá mi mi mi
Dó ré mi fá fá fá

Vejam só que valentia
Vejam só quanta coragem
Aquele coelhinho sabido
Só sabe contar vantagem

Dó ré mi fá fá fá
Dó ré do ré ré ré
Dó sol fá mi mi mi
Dó ré mi fá fá fá

Sin título

Cantiga: Mais uma Boneca

Cantiga infantil.

Transcrição:
Mais uma boneca na roda entrou
Mais uma boneca na roda entrou
Deixá-la roubar quem dá a mão (...)

Ladrão, ladrãozinho, andai ligeirinho
Ladrão, ladrãozinho, andai ligeirinho
Não queiras ficar na roda sozinho
Não queiras ficar na roda sozinho

Sozinho eu não fico, nem hei de ficar
Sozinho eu não fico, nem hei de ficar
Pois tenho a Verinha pra ser meu par
Pois tenho a Verinha pra ser meu par

Ladrão, ladrãozinho, andai ligeirinho
Ladrão, ladrãozinho, andai ligeirinho
Não queiras ficar na roda sozinho
Não queiras ficar na roda sozinho

Sin título

1º Encontro do Festival de bandas (Festibanda) - B

Entrevista com Synval Machado Silva.

Entrevistado - Synval Machado Silva
(...) Entendeu? Me senti sensibilizado e me orgulha. Ouviu? Em nome da minha raça, ser considerado é, a cópia do Diamante Negro, o Leônidas.

(música)
Marina morena, Marina
Você se pintou
Marina, você faça tudo
Mas faça um favor

Entrevistador:
Synval, no Marina, no samba você fala assim: "aqui tá o samba que você me pediu". Essa Marina existiu?

Entrevistado - Synval Machado Silva
Essa existiu. A mocinha, filha única de um casal formidável, e ela é muito extrovertida, pediu que eu escrevesse um samba, um samba que falasse do nome dela. Eu digo, "mas eu não sei o seu nome". Ela disse, "meu nome é Marina"! Eu digo, "Dorival Caymmi já falou de Marina, e a Marina que ele se refere na música de autoria dele, é você". (Ela) diz "não, é outra. Eu quero que você faça o samba com meu nome". Eu digo, "você quer que eu fale do seu namorado, do problema, se é algum problema?". Ela diz, "não. Você faz o seguinte, você vai divorciar da Dona Quita", a minha esposa. Quando eu falo de namorada, todo mundo pensa que eu falo de, quer dizer, não posso falar da esposa. Eu sou vacinado, casado, crismado, bodas de prata e muito feliz até o dia de hoje, muito feliz mesmo. Daí eu posso considerar que para mim era uma namorada e ninguém pode me reprovar porque se alguém se atrever a tanto, eu vou apanhar nossos documentos de casamento e exibir assim com muita segurança, não é porque sou casado como qualquer grande cidadão do meu país.

Entrevistador:
Quer dizer, o divórcio era só em letra de samba, então?

Entrevistado - Synval Machado Silva
Exato, é. Não é só para pedir. Então eu fiz, como você sabe...

(música)
Tai, o samba que você pediu, Marina
Tai, eu fiz tudo e você desistiu, Marina
Tai, meu amor toda minha afeição
E você vai me matando pouco a pouco de paixão

Entrevistador:
Synval, você fundador da escola de samba Império da Tijuca.

Entrevistado - Sinval Machado Silva
Exato. Fundador e continuo até agora dando a minha contribuição muito sadia, muito bem intencionada. Embora nem sempre se tem um reconhecimento geral das pessoas, porque é como eu disse antes, nem todos podem alcançar a filantropia, os filantropos que prestam um serviço assim, de muito espontâneo, muito sem pagamento, mas que nem por isso há pessoas que não alcance pensam que eu quero a biscoitar o direito dos meus continuadores. Não. Eu quero que ele seja muito feliz e que possa ter um dia o que eu tenho hoje. Alegria de cantar, de fazer retrospecto, de pensar e de dizer tudo que já vivi até agora.

Entrevistador:
Mas houve um ano aí que a escola não saiu.

Entrevistado - Synval Machado Silva
Exato. Então eu escrevi, nesse ano, esse número:

Entrevistador:
Mas por que que.. Ah você vai contar, a música canta por ti?

Entrevistado - Synval Machado Silva
A música fala:
(música)
Choveu, mas Império do Samba do Morro descer
O Diretor de Harmonia
Apitou e toda a escola
Obedeceu
Ouvi o surdo e as pastoras cantando sem pigarro
Só voltaram de manhã
Com as sandálias de cetim
Sujas de barro

A porta bandeiras chorou
Quando regressou
Ao barracão
E viu o verde do estandarte
Colorindo todo o chão
Era forte
E ficou fraca a batucada
Mais um ano
De samba vencido
Naquela madrugada

Entrevistador:
Sival, você, porém, apesar de fundador da escola, continua concorrendo com suas composições em pé de igualdade com pessoal novo, não é?

Entrevistado - Synval Machado Silva
Mas perfeitamente. Esse ano, por exemplo, eu fiz "Brasil uma explosão de progresso", a última faixa do lado 2 do meu LPRCA série documentos, de modo que eu estou feliz, porque enquanto houver vida, a esperança e se eu posso competir é até bonito para mim, porque o bom da vida se competir e se ganhar muito bem, se perder aplausos e abraços ao vencedor. Na escola de samba, quanto mais autêntico, melhor. Abolir de qualquer maneira o balé do samba. Abolir a imitação de figuras extraordinárias de outros países, porque o samba é nosso, o samba é coisa nossa e deve ser tratado com muito carinho, mesmo porque o samba não vive agora no Barracão. O samba tem seu Palácio, o Palácio do samba de Mangueira. O escolão da Portela. O Portelão aliás. E tantos outros, de modo que o samba tem que ter, agora que tem o seu Palácio, a sua autenticidade que não pode faltar.

(música)
Brasil
ô ô ô
Gigante do Universo
ô ô ô

Uma explosão de progresso ecoou
Ó meu Brasil fazendo sucesso

Sua posição conquistou
Trazendo seu passado de glória
De lutas, amor e vitória
A união das raças, da miscigenação

A luz que fez sol desta nação

Minha terra tem palmeira
ô iô iô
Onde canta o sabiá
o iá iá
Boa terra cacaueira
ô iô iô
200 milhas pra pescar

Brasil terra de campeões
De norte a sul
Um veleiro sem fim

De Don Pedro e seus brasões
Sinto na alma a ressonância de um clarin
É permanente o seu sorriso
É tranquilo trabalhar
Sabe porem quando é preciso
Suas armas empunhar

No pregão das riquezas
No seu solo candente
No tabuleiro do mundo
Brasil pra frente

Lá na virgem de candeias
ô io io
Tem petróleo de argan
ô iá ia
Tem o canto da sereia
ô io io
Capoeira e baiana

Eu faço minha, todas as bonitas composições dos meus colegas que me permitam direito de considerar...

Sin título

Comemoração dos 9 anos do MOBRAL

Áudio em comemoração aos 9 anos do MOBRAL com sua missão e seus programas. Com algumas correções.

Transcrição:
"Realizando com persistência e dedicação um trabalho grandioso na busca do seu mais importante objetivo social, o MOBRAL completa os seus noves anos chegando muito além da sua grande meta.
Após lançar com sucesso seu programa de alfabetização de adultos, cujos resultados são internacionalmente reconhecidos, o MOBRAL abriu um leque de novos programas para alcançar e ocupar espaços vazios.
Hoje com programas de alfabetização funcional, educação integrada, autodidatismo, alfabetização pela TV, orientação profissional, colocação de mão-de-obra, educação comunitária para o trabalho e para saúde, programa cultural, ação comunitária e esportes para todos, o MOBRAL faz muito mais do que ensinar a ler e escrever. O MOBRAL ensina a viver.
O resultado desse trabalho é a soma do seu apoio e de sua participação.
Comemore nesse mês de setembro os 9 ano do MOBRAL, participe da festa que também é sua!
O MOBRAL é Brasil!
O MOBRAL é você !"

Sin título

Cantiga: Eu entrei na Roda

Cantiga infantil.

Transcrição:
Ai, eu entrei na roda,
Para ver como se dança
Eu entrei na contradança,
Eu não sei dançar

Lá vai uma, lá vão duas, lá vão três pela terceira
Lá se vai o meu amor, no vapor da cachoeira

Ai, eu entrei na roda,
Para ver como se dança
Eu entrei na contradança,
Eu não sei dançar

Todo mundo se admira
Do macaco fazer renda
Eu já vi uma perua
Ser caixeira de uma venda

Ai, eu entrei na roda,
Para ver como se dança
Eu entrei na contradança,
Eu não sei dançar

Sete e sete são quatorze,
Três vezes sete, vinte um.
Tenho sete namorados,
Só posso casar com um.

Sin título

Cantiga: Eu fui no Tororó

Cantiga infantil.

Transcrição:
Eu fui no Tororó
Beber água, não achei
Achei bela morena
Que no Tororó deixei

Aproveite minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada

Ó Mariazinha
Ó Mariazinha
Entrarás na roda
E ficarás sozinha

Sozinha eu não fico
Nem ei de ficar
Pois eu tenho Mário
Para ser meu par

Tira tira o seu pezinho
Bota aqui ao pé do meu
E depois não vai dizer
Que seu par se arrependeu

Tira tira o seu pezinho
Bota aqui ao pé do meu
E depois não vai dizer
Que seu pai se arrependeu

Sin título

Cantiga: Eu sou Mineira de Minas

Cantiga infantil.

Transcrição:
Eu sou mineira de Minas
Mineira de Minas Gerais
Eu sou mineira de Minas
Mineira de Minas Gerais

Rebola bola você diz que dá que dá
Você diz que dá na bola, na bola você não dá
Rebola bola você diz que tá que tá
você diz que tá na bola, na bola você não tá

Eu sou carioca da Gema
Carioca da gema do ovo
Eu sou carioca da Gema
Carioca da gema do ovo

Rebola bola você diz que dá que dá
Você diz que dá na bola, na bola você não dá
Rebola bola você diz que tá que tá
você diz que tá na bola, na bola você não tá

Eu sou mineira de Minas
Mineira de Minas Gerais
Eu sou mineira de Minas
Mineira de Minas Gerais

Rebola bola você diz que dá que dá
Você diz que dá na bola, na bola você não dá
Rebola bola você diz que tá que tá
Você diz que tá na bola, na bola você não tá

Sin título

Cantiga: Havia uma Barata

Cantiga infantil.

Transcrição:
Havia uma barata
No capote do vovô
Assim que ela me avistou
Bateu asas e voou

Assim que ela me avistou
Bateu asas e voou

Baratinha no sobrado
também toca seu piano
quando o rato de casaca
pela rua passeando

quando o rato de casaca
pela rua passeando

A mimosa baratinha
do perigo não cuidava
mas depois já era tarde
quando o galo a beliscava

mas depois já era tarde
quando o galo a beliscava

Havia uma barata
No capote do vovô
Assim que ela me avistou
Bateu asas e voou

Sin título

Cantiga: Garibaldi foi à Missa

Cantiga infantil.

Transcrição:
(cavalo relinchando)

Garibaldi foi à missa
À cavalo, sem esporas
O cavalo tropeçou
Garibaldi pulou fora

E viva Garibaldi
E Vitor Emanoel
Comendo macarrão
Embrulhado num papel

Garibaldi foi à missa
No cavalo, sem esporas
O cavalo tropeçou
Garibaldi pulou fora

E viva Garibaldi
E Vitor Emanoel
Comendo macarrão
Embrulhado num papel

(cavalo relinchando)

Sin título

Cantiga: Nesta Rua

Cantiga infantil.

Transcrição:
Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração

Se roubei, se roubei teu coração
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se roubei, se roubei teu coração
É porque, é porque te quero bem.

Sin título

Cantiga: Marcha, Soldado

Cantiga infantil.

Transcrição:
Marcha, soldado,
Cabeça de papel.
Marcha direito,
Senão vai pro quartel

Marcha, soldado,
Cabeça de papel.
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel

Marcha, soldado,
Cabeça de papel.
Marcha direito,
Senão vai pro quartel

Marcha, soldado,
Cabeça de papel.
Se não marchar direito
Vai preso pro quartel

Sin título

Cantiga: Onde está a Margarida?

Cantiga infantil.

Transcrição:
Onde está a Margarida?
Olê, olê, olá!
Onde está a Margarida?
Olê, seus cavaleiros!
Ela está no seu castelo,
Olê, olê, olá!
Ela está no seu castelo,
Olê, seus cavaleiros!

O castelo é muito alto,
Olê, olê, olá!
O castelo é muito alto,
Olê, seus cavaleiros!

Tirando uma pedra,
Olê, olê, olá!
Tirando uma pedra,
Olê, seus cavaleiros!

Uma pedra não faz falta,
Olê, olê, olá!
Uma pedra não faz falta,
Olé, seus cavaleiros!

Sin título

1º Encontro do Festival de Bandas (Festibanda) - A

Palestrante 1
As bandas são uma das expressões mais autênticas da cultura musical brasileira.
(música)
E como todas as coisas do mundo, elas também têm a sua história. Temos conhecimento da formação de pequenas bandas civis na Provença, ao sul da França na idade média. Mas foi nas cidades Alemãs, que elas se desenvolveram a partir dos séculos 16 e 17. A criação do clarinete, do saxofone e outros instrumentos de sopro muito contribuiu para o aprimoramento das bandas. Segundo o maestro José Siqueira, a banda é uma orquestra formada por instrumentos de sopro e percussão.
Entre os instrumentos de sopro, destacam se os flautins e flautas. O clarinete e o saxofone. Todos originalmente feitos de madeira. Ainda entre os instrumentos de sopro existem a tuba, o bombardino, cornetas e cornetins. A percussão conta com tambores, caixas de guerra e de repique, bumbo, surdo fuzileiro e outros instrumentos.
Os pratos dão colorido especial às bandas. No Brasil, as bandas existem desde a época colonial. Elas começaram a se formar nos primeiros 100 anos da nossa colonização nas fazendas de açúcar do nordeste. Durante o Império, ganharam importância com o surgimento das bandas militares, como a do corpo de fuzileiros navais. Fundada em 1872, foi da banda do corpo de fuzileiros navais que saíram músicos como os maestros Eleazar de Carvalho e Francisco Braga, hoje internacionalmente conhecidos. Foi também durante o Império que começaram a aparecer as bandas municipais. Formadas principalmente por amadores que tocavam pelo simples prazer de fazer música. A história da música popular brasileira está marcada pela presença das bandas. É o caso da banda Odeon, que participou das primeiras gravações em disco feitas no Brasil.
Chegaram a existir mais de 4000 bandas dos nossos municípios, foi a época de ouro das bandas, uma época que o tempo apagou. Compreendendo a importância das bandas na formação musical do Brasil, Heitor Villa-Lobos foi um dos seus maiores incentivadores. Também músicos como Altamiro Carrilho e Lírio Panicali muito fizeram para estimular as bandas de música. No entanto, a falta de recursos motivou o desaparecimento de inúmeras bandas municipais. Em 1973 contavam se menos de 2000. Compreendendo a importância das bandas na vida comunitária dos nossos municípios, o MOBRAL Cultural promove a realização de encontros de bandas de música. Muitas bandas já vêm se reorganizando graças à atuação do MOBRAL Cultural. Bandas com a participação de moralenses foram formadas, é o caso da banda de Dourados, ao sul de Mato Grosso. Finalmente, em agosto de 1975, ocorreu o primeiro encontro regional de bandas. Realizado no Rio Grande do Norte, reuniu as bandas da região do Seridó. Em outubro de 1975, o MOBRAL, com colaboração de diversas entidades, promoveu em Minas Gerais o primeiro festival estadual de bandas de música, o primeiro Festibanda. Saiu vencedora, entre quase 100 bandas participantes, a Filarmônica Rio Branco, premiada com o troféu Carlos Gomes. Assim, através da ação do MOBRAL Cultural, procura se reavivar uma tradição e, sobretudo, valorizar os músicos das comunidades e as bandas que novamente voltaram a tocar.

A luz e a sombra

(música)
Chegou a hora
Dessa gente bronzeada mostrar seu valor
Eu fui à Penha
Fui pedir à Padroeira para me ajudar

Salve o Morro do Vintém
Pendura a saia, eu quero ver (eu quero ver)
Eu quero ver o tio Sam
Tocar pandeiro para o mundo sambar

O Tio Sam está querendo
Conhecer a nossa batucada
Anda dizendo que o molho da baiana
Melhorou seu prato

Vai entrar no cuscuz, acarajé e abará
Na Casa Branca já dançou a batucada com Ioiô, Iaiá
Brasil, Brasil esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros
Que nós queremos sambar

Há quem sambe diferente noutras terras
Outra gente, um batuque de matar
Batucada, reúne vossos valores
Pastorinhas e cantores
Expressão que não tem par, ó meu Brasil

Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros
Que nós queremos sambar

Brasil, esquentai vossos pandeiros
Iluminai os terreiros
Que nós queremos sambar

O Tio Sam está querendo conhecer
A nossa batucada
Anda dizendo que o molho da baiana
Melhorou seu prato

Vai entrar no cuscuz, acarajé e abará
Na Casa Branca já dançou
A batucada com Ioiô, Iaiá

Ioiô, Iaiá
Ioiô, Iaiá
Ioiô, Iaiá

Entrevistador:
Geraldo Pereira

Entrevistado:
Geraldo Pereira era um negro ali de Mangueira. Muito meu amigo. Eu gostava demais. Ele é o autor de “esc... escurinhas escurinhas direitinho”, é uma coisa assim. E entre elas, ele tem um número que eu gosto muito, que eu, se você me permite, eu vou cantar em homenagem, em homenagem póstuma a Geraldo Pereira.

(música)
De madrugada voltei do baile
Na certa de encontrar a minha amada
Achei a janela aberta e as portas
Quero esquecer mas não posso
Tive um pouco de remorso
As horas já eram mortas

Entrei e verifiquei toda a casa
Meus ternos já eram cinza
E meu violão era brasa
Bati na janela da vizinha
Dona Estela me diga, pra aonde foi Florisbela?
A vizinha respondeu
Quando notei a fumaça
Bem que eu disse, ó Florisbela
Não são coisas que se faça
Ela contou-me chorando que lhe viu nos braços de outro alguém
Oh meu vizinho, a razão dá-se a quem tem
Botei fogo também

Entrevistado:
Assim era Geraldo Pereira.

Entrevistador:
E o Ary Barroso, de que tanta história de vaidade se conta?

Entrevistado:
O Ary Barroso?

Entrevistador:
E do gênio também.

Entrevistado:
Exato. O Ary Barroso é, além de tudo, o meu conterrâneo. O expoente da música popular, um amante fervoroso do futebol, o Ary da gaita, aquele homem que no campo do Vasco há tempos há muitos anos, os portões do do campo ficava aberto para todas as pessoas que quisesse assistir, é, os jogos. Um dia o Ary Barroso foi proibido de entrar lá porque eu não sei. Teve que radiar o jogo em cima de um telhado, de uma casa vizinha, dessas coisas muito própria da pessoa que se esquece que o seu direito só é direito até onde começa o direito do seu semelhante. O Ary Barroso, como meu conterrâneo, ele que me desculpe a ausência. Eu tenho muito respeito, muita admiração por ele, considerando ele um grande compositor. Ele, das vezes que eu tive a satisfação de me encontrar com ele. Em qualquer lugar, ele sempre teve algo de crítica para fazer dos seus colegas. Eu não ouvi nenhuma vez durante a sua ascensão, a glória ele elogiar um colega, por por melhor que ele fosse, por mais, por melhor bem que ele quisesse, nunca fez referência, então nele como todos nós foi uma dosagem a mais de certa vaidade de personalismo, esquecendo na certa que nem de que todos nós estamos daqui de passagem, cumprindo o nosso papel. Se o nosso papel é destacado o lado bom, todo mundo fala do lado bom, se é do lado negativo, “estamos assim, coitado eu bem que avisei a ele”, todo mundo é assim, isento de de culpa. Não é o caso do Ary Barroso. O Ary Barroso foi um grande, um extraordinário, porém muitíssima vaidoso e a sua vaidade deu a ele acima, dimensão um pouco recomendável, porque o Ary Barroso há que se falar muito pelo muito que ele fez, deixando essa manifestação pessoal do lado, porque isso aí é até certo ponto imposto por por determinado complexo que se ignora que talvez o processo de menino, talvez ele tivesse sofrido muito. Talvez ele, ele que me contou que que muitas noites dormiu na praça Paris, no banco da praça Paris. Quer dizer, quando ele conseguiu uma situação de destaque, ele ficou assim odiando involuntariamente, a maior parte das pessoas que têm é certa posição e que não fazem nada pelos famintos, pela pessoa que não tem abrigo. Talvez seja isso, de modo que eu falo com muito, muito, muita admiração, com muito pesar das medidas que ele, durante a sua participação na música popular do Brasil, teve, quer dizer assim.

Entrevistador:
Você se lembra de algum caso assim? Típico disso.

Entrevistado:
Ah, é muitos. Por exemplo, o Noel Rosa. O Noel Rosa foi o poeta da Vila, um grande extraordinário poeta da Vila, humilde, simples. Acontece que o Ary Barroso nunca fazia referências religiosas ao Noel Rosa. E no dia do seu falecimento, coube a mim uma alça do caixão, outro ao Patrício Teixeira, o ser (incompreensível) incorrigível, outra ao Ary Barroso, e não dispensamos os nossos lugares na condução para o Campo Santo...

Sin título

Saber o Bê-A-Bá

Tipo de "jingle" usado para a publicidade e promoção do MOBRAL. O "jingle" é uma canção ou melodia curta, com refrão simples usada para promover algo.

Transcrição:
Saber o Bê-A-Bá
Quem tem prendas nessa vida
Sabe ler e escrever
Quem não tem prendas na vida
Não conhece o abc

Da gente já se vê
Que o ponto de partida
É saber o bê-á-bá
Pra na vida melhorar

Se você não sabe a tempo
Comece a aprender
Se você que é letrado
Nunca é tarde pra ensinar

Saber é bê saber
É muito bê o bom
É muito bom saber ler
É bom saber escrever

Saber é bê saber
É muito bê o bom
É bom também ajudar
E o bê-á-bá ensinar

Saber é bê saber
É muito bê o bom

Participe você também do Movimento Brasileiro de Alfabetização
Ministério da Educação e Cultura

Sin título

Cantiga: Ciranda, Cirandinha

Cantiga infantil.

Transcrição:
Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Senhora Dona Alice
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá se embora

De trás daquele morro
Tem um pé de abricó
QUEM QUISER CASAR COMIGO
VÁ PEDIR À MINHA AVÓ

Ciranda, cirandinha
Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O anel que tu me destes
Era vidro e se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Sin título

Cantiga: Sambalelê 'tá Doente

Cantiga infantil.

Transcrição:
Sambalelê 'tá doente
'Tá com a cabeça quebrada
Sambalelê precisava
Era uma boa lambada

Pisa, pisa, pisa mulata
Pisa na barra da saia mulata
Pisa, pisa, pisa mulata
Pisa na barra da saia

Diga mulata bonita
Como é que se namora
Põe o lencinho no bolso
Deixa a pontinha de fora

Pisa, pisa, pisa mulata
Pisa na barra da saia mulata
Pisa, pisa, pisa mulata
Pisa na barra da saia

Diga mulata bonita
Onde é que você mora
Moro na praia formosa
E de lá não vou me embora

Pisa, pisa, pisa mulata
Pisa na barra da saia mulata
Pisa, pisa, pisa mulata
Pisa na barra da saia

Sin título

Cantiga: Minha Machadinha

Cantiga infantil.

Transcrição:
Rá! Rá! Rá! Minha machadinha.
Rá! Rá! Rá! Minha machadinha.

Quem te pôs a mão sabendo que és minha.
Quem te pôs a mão sabendo que és minha.

Rá! Rá! Rá! Sabendo que és minha
Rá! Rá! Rá! Eu também sou tua.

Puxa a machadinha pro meio da rua.
Puxa a machadinha pro meio da rua.

Rá! Rá! Rá! Minha machadinha.
Rá! Rá! Rá! Minha machadinha.

Quem te pôs a mão sabendo que és minha.
Quem te pôs a mão sabendo que és minha.

Rá! Rá! Rá! Sabendo que és minha
Rá! Rá! Rá! Eu também sou tua.

Puxa a machadinha pro meio da rua.
Puxa a machadinha pro meio da rua.

Sin título

Cantiga: O Pião entrou na Roda

Cantiga infantil.

Transcrição:
O Pião entrou na roda, ó pião!
O Pião entrou na roda, ó pião!
Roda pião, bambeia pião!

Sapateia no tijolo, pião.
Sapateia no tijolo, pião.
Roda pião, bambeia pião!

Me faz uma cortesia, ó pião!
Me faz uma cortesia, ó pião!
Roda pião, bambeia pião!

Atira a tua fieira, ó pião!
Atira a tua fieira, ó pião!
Roda pião, bambeia pião!

Mostra a tua figura, ó pião!
Mostra a tua figura, ó pião!
Roda pião, bambeia pião!

Sin título

Cantiga: Na Bahia tem

Cantiga infantil.

Transcrição:
Na Bahia tem - tem, tem, tem
Na Bahia tem, ô baiana, coco de vintém
Na Bahia tem - tem, tem, tem
Na Bahia tem, ô baiana, coco de vintém

Na Bahia tem, vou mandar buscar
Lampião de vidro, ô baiana, ferro de engomar

Na Bahia tem, vou mandar buscar
Lampião de vidro, meu bem, ferro de engomar

Na Bahia tem, vou mandar buscar
Máquina de costura, meu bem, fole de assoprar

Sin título

Cantiga: Vamos Maninha Vamos

Cantiga infantil.

Transcrição:
Vamos Maninha vamos,
Na praia passear
Vamos ver a barca nova que do céu caiu do mar

Nossa Senhora vai nela,
Os anjinhos a remar
Santo Antônio é o piloto nosso senhor general

Vamos Maninha vamos,
Na praia passear
Vamos ver a barca nova que do céu caiu do mar

Nossa Senhora vai nela,
Os anjinhos a remar
Santo Antônio é o piloto nosso senhor general

Sin título

Comemoração dos 9 anos do MOBRAL

Música em comemoração aos 9 anos do MOBRAL.

Transcrição:
Dia 8 de setembro
Nove anos de MOBRAL
É o dia internacional da alfabetização

Queremos manter presente
Aqui se cante contente
Nessa comemoração

Mobral é luta constante
Movimento permanente
MOBRAL é educação

É festa é alegria
É a conquista dia a dia
Do progresso da nação

A importância do MOBRAL
Todo mundo já sentiu
Quem apoia o MOBRAL
Também presta ao Brasil

O MOBRAL é você!

Sin título

Casamento Marcolino e Guilhermina

(SIC)
(homem) Olha, o casamento é uma união. O casamento faz parte de uma união que eu... As veis, as veis, o chefe dono da casa sai pra i trabalhá, então trabalha seis dias da semana, ganha 120 cruzeiros, o que é 20 cruzeiros por dia. Dai é 120. Então recebe no sábado pagamento, 120. Então com aquele dinheiro quando vem se dirigir a casa, aí se encontra com outra mulher, aquela mulher forasteira, diz: "ô você é meu bem certo?". Aí dá o controle, aqui ele gasta os 120 cruzeiro que ganhou. Quando chega em casa a mulher diz: “eu preciso de um vestidinho pá meu filho”, ai ele diz "num tenho", "mai pq vc n tem? você num ganhou algum dinheiro? que foi o dinheiro que vc ganhou?" ai ele responde mal para a esposa, ele responde mal para a esposa. Isso que está acontecendo com o casal, e casal é união.
Um momento, um momento...
(homem) o senhor Marcolino leva gosto a casar com a senhora Guilhermina?
(Marcolino) ... levando seu padre... to levando senhor, desde o dia que comecemo a se oiá.
(homem)a senhora Guilhermina leva gosto a casar com senhor Marcolino.
(Guilhermina) to levando senhor padre, desde o dia que comecemo a se oiá.
(homem) senhor Marcolino diga comigo:
(homem) eu
(Marcolino) eu
(homem) Marcolino
(Marcolino) Marcolino
(homem) recebo a vós
(Marcolino) recebo a vós
(homem) da senhora
(Marcolino) da senhora
(homem) Guilhermina
(Marcolino) Guilhermina
(homem) como a minha
(Marcolino) como a minha
(homem) legitima
(Marcolino) legitima
(homem) esposa
(Marcolino) esposa
(homem) assim
(Marcolino) assim
(homem) como manda
(Marcolino) como manda
(homem) a santa
(Marcolino) a santa
(homem) amada
(Marcolino) amada
(homem) igreja
(Marcolino) igreja
(homem) católica
(Marcolino) católica
(homem) postólica
(Marcolino) postóca
(homem) romana
(Marcolino) romana

(homem) senhora Guilhermina diga comigo
(homem) eu
(Guilhermina) eu
(homem) Guilhermina
(Guilhermina) Guilhermina
(homem) recebo a vós
(Guilhermina) recebo a vós
(homem) do senhor
(Guilhermina) do senhor
(homem) marcolino
(Guilhermina) Marcolino
(homem) assim
(Guilhermina) assim
(homem) como manda
(Guilhermina) como manda
(homem) a santa
(Guilhermina) a santa
(homem) igreja
(Guilhermina) igreja
(homem) católica
(Guilhermina) catóca
(homem) postólica
(Guilhermina) potóca
(homem) romana
(Guilhermina) romana
(inaudível) (conversas no fundo)
(homem) seu Marcolino, bota a aliança no dedo da sua esposa.
(homem) a senhora Guilhermina, bota a aliança no dedo do seu esposo Marcolino.
(homem) estão casado, meus parabéns seja feliz.
(Marcolino) obrigado.
(homem) meus parabéns seja feliz.
(Guilhermina) obrigada.

(conversas paralelas no fundo do áudio sobre casamento, felicitações, comentários, congratulações, solicitam festa após o casamento, pedem benção aos mais velhos, tiram fotos)

(mulher) ... parabenizar as professoras e os alunos do MOBRAL que tanto tem feito para a integração de toda comunidade (incompreensível) de todas as pessoas desse povoado (incompreensível) cada um de vocês (incompreensível) nós vimos agora por meio desse (incompreensível) que foi muito bem representado (incompreensível) folclore, o que é o folclore, que que a gente tira por folclore? Folclore é a vida do povo. Justamente vocês transmitiram aquilo que vocês tem de bom, tudo aquilo que vocês tem de positivo. E nós percebemos que os professores daqui do município, professores aqui do MOBRAL, eles se preocupam não apenas em ensinar a ler e escrever, mas faz com que o homem se integre na sociedade, sei que é muito importante. Parabéns a todos vocês, espero que continuem assim fazendo alguma coisa de bom para seus alunos e para todos da comunidade. Muito Obrigada.

(salva de palmas)

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