A Campanha de Construções Escolares foi implantada a partir de 1946 com a chegada de Murilo Braga à diretoria do Inep, o Governo Federal planejava a interiorização da educação e o encarregou da missão de construir escolas em todos os recantos do Brasil.
O plano visava reduzir o enorme número de crianças em idade escolar não matriculados, na rede de ensino, por meio da criação de escolas nos municípios mais necessitados. Após o levantamento realizado pelo Inep, a campanha construiu mais de 6000 novos prédios escolares de Ensino Primário, nas Zonas Urbanas, Rurais e de fronteiras.
O instituto fixava as recomendações quanto às normas técnicas das escolas a serem construídas, os recursos eram transferidos em parcelas através do Banco do Brasil a partir de acordos firmados entre o Ministério da Educação e representantes de cada um dos estados ou territórios beneficiados.

A Campanha de Inquéritos e Levantamentos do Ensino Médio e Elementar (CILEME) foi implementada pelo INEP por meio da Portaria Ministerial nº 160, de 26 de março de 1953. Visava introduzir os métodos de pesquisa de levantamento e diagnóstico e a perspectiva do Planejamento Educacional, usando como base os dados sobre os sistemas de ensino de cada Estado Brasileiro.
A CILEME tinha como objetivo reunir dados sobre os Sistemas Estaduais de Ensino, introduzindo a pesquisa de levantamentos e de diagnóstico e a perspectiva do Planejamento Educacional aplicado às particularidades de cada Estado Brasileiro.
A essa Campanha somou-se outra, ainda em 1952, a do Livro Didático e Manuais de Ensino (CALDEME), visando a assistência técnica ao professorado. Aos cursos de aperfeiçoamento se acrescentavam, portanto, os guias para orientação de "cada professor no Ensino Primário e Médio" (INEP, 1956). Além de ter sido reunida uma coleção considerável de livros sobre as matérias de ensino e sobre princípios e Métodos Educacionais, foi encomendada a elaboração de diversos manuais, que é como se chamavam, à época, os documentos que informavam sobre as ementas do cursos.

A Campanha do Livro Didático e Manuais de Ensino (CALDEME) foi implementada pelo INEP por meio da Exposição de Motivos nº 795, do Ministro Simões Filho, em 14 de julho de 1952. Teve como objetivo principal a elaboração de guias de ensino das diferentes disciplinas escolares para professores e a análise crítica dos programas de ensino e livros didáticos em uso nas escolas brasileiras.
As principais atividades da CALDEME consistiam em: produção de guias de ensino e análise dos programas e livros didáticos utilizados nas escolas.
Com a criação, em 1955, do Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais (CBPE), as atividades da CALDEME foram incorporadas a esse Centro. Seus estudos e pesquisas passaram a ser organizados pela Divisão de Estudos e Pesquisas Educacionais (DEPE), responsável por realizar as pesquisas sobre o funcionamento do sistema oficial de ensino.